Uma pesquisa científica realizada no Paraná promete trazer um novo horizonte àqueles que sofrem do tipo mais comum de vitiligo, conhecido como não-segmentar, que aparece tanto do lado esquerdo quanto do lado direito do corpo. A descoberta de um defeito genético pode fazer surgir novos tratamentos, como explica o dermatologista Caio Castro, da Clínica Dermoestética. Ele é o responsável pelo estudo, resultado da tese de doutorado em Genética do Vitiligo, desenvolvida na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
“Descobrimos que a maioria das pessoas que tem vitiligo possui um defeito no gene que produz a proteína DDR1. Essa proteína é responsável pela fixação dos melanócitos (células de pigmentação). Se a ligação é cortada, essas células morrem e a pele perde sua coloração”, explica ele, que é especialista em doenças de pele. No estudo foram analisadas amostras de sangue de 638 pessoas portadoras e não portadoras da doença.
O vitiligo é a morte dos melanócitos, que são as células de pigmentação da pele. Até hoje não se sabe ao certo a causa precisa do aparecimento da doença. A descoberta dos pesquisadores paranaenses pode beneficiar apenas os pacientes incluídos no grupo atingido pelo vitiligo causado por defeitos de adesão das células, que por algum motivo enfraquecem e morrem. Além desse tipo, há o vitiligo que teria causa auto-imune, ou seja, em que o corpo agiria contra os próprios tecidos, produzindo anticorpos que combatem as células de pigmentação.
Na maioria dos casos, as células se “descolam” da pele devido a traumas. “Já sabemos que queimaduras, batidas e cortes podem estar ligados à despigmentação. Mas isso só vale para quem tem predisposição genética, ou seja, quem tem o defeito no gene. Eu posso ter me machucado a infância inteira e nunca ter vitiligo,” conta o pesquisador.
A ciência ainda não descobriu o que causa a mutação. Também não é possível adiantar quais pessoas vão ter a doença. “A causa é genética, mas também pode ser hereditária. Pode ser que apenas uma pessoa na família apresente a doença, mas a possibilidade dos filhos dessa pessoa também terem vitiligo é alta,” explica Castro.
O Brasil não apresenta dados epidemiológicos sobre a incidência ou prevalência do vitiligo, mas estima-se que a doença atinge 0,5% da população mundial. A média de idade para o aparecimento da doença é de 24 anos. Mas as primeiras manchas podem aparecer em crianças e adolescentes. O vitiligo afecta igualmente homens e mulheres. A doença não é contagiosa e não causa dor.
http://www.gazetadopovo.com.br/
Este artigo sobre a pesquisa que identificou um dos genes causadores do vitiligo, foi publicado, no fim de fevereiro, na revista científica norte-americana Journal of Investigative Dematology, periódico que é referência mundial na área de dermatologia médica.
O estudo é o resultado da tese de doutorado do dermatologista Caio Castro, que foi desenvolvida na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), sob a orientação do geneticista Marcelo Távora Mira, com o auxílio de um grupo de pesquisadores brasileiros e suíços do laboratório Roche, a bioquímica Liliane Nascimento, a dentista e estatística Renata Wernek e os cientistas Everson Nogocek e Gaby Walker.
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Este artigo sobre a pesquisa que identificou um dos genes causadores do vitiligo, foi publicado, no fim de fevereiro, na revista científica norte-americana Journal of Investigative Dematology, periódico que é referência mundial na área de dermatologia médica.
O estudo é o resultado da tese de doutorado do dermatologista Caio Castro, que foi desenvolvida na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), sob a orientação do geneticista Marcelo Távora Mira, com o auxílio de um grupo de pesquisadores brasileiros e suíços do laboratório Roche, a bioquímica Liliane Nascimento, a dentista e estatística Renata Wernek e os cientistas Everson Nogocek e Gaby Walker.
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